Este fim-de-semana foi muito agitado e fatigante, como tinha de começar a comprar as prendas de Natal e ao mesmo tempo não queria prescindir de uma ida ao teatro e a uma exposição que tinha debaixo de olho há alguns meses, tive de andar a contra relógio.
Foram uns dias cansativo mas valeu a pena, diverti-me e vi coisas interessantes que recomendo vivamente. Como a vista guiada que fiz à exposição “Historia Partilhada. Tesouros dos Palácios Reais de Espanha”, presente na Fundação Calouste Gulbenkian, uma mostra significativa de pintura, escultura, livros, artes decorativas e armaria que fazem parte do espólio do Museu do Prado, do Escorial e até do Palácio da Zarzuela, ainda habitado pela família real espanhola.
Esta exposição abrange 300
anos de história de Espanha, desde Isabel a Católica, até ao reinado de D. Fernando VII, em
1819, ano em que foi inaugurado o Museu do Prado, por influência de Maria Isabel de
Bragança, princesa portuguesa que se tornou rainha de Espanha pelo casamento com D. Fernando. Aqui temos uma pintura da "moça" com o projeto do museu do Prado sobre a mesa, é pena não ter sobrevivido para ver a sua obra.
Recomendo vivamente a exposição, pois fica-se com uma abrangente perspetiva da riqueza destes palácios e da forte influencia da família real portuguesa na recolha desses tesouros - mesmo durante o domínio filipino, quando Filipe II de Espanha (I de Portugal) deu inicio a esta soberba coleção. Até ao seu reinado os bens dos reis de Espanha, após a morte, eram gastos em missas a favor da sua alma. Um desperdício.
Gosto muito de exposição que nos remetem para tempos antigos onde reis e rainhas viviam em grande aparato, com os seus enormes vestidos e cabeleiras. Parece que somos transportados para esses tempos e durante minutos conseguimos sentir algumas das emoções destes personagens. Patetice eu sei, mas é como me sinto.
Bem, para terminara aconselho-vos a consulta de um blog muito interessante, sobre a exposição A Historia Partilhada, que a Gulbenkian pós a disposição do público, pois ajuda a ficarem com uma ideia das obras que poderão encontrar na exposição.
Como estas visitas guiadas esgotam rapidamente, aconselho a reserva dos bilhetes com alguma antecedência, no site da Gulbenkian ou por telefone, senão chegam lá e já não há nada. Podem todavia, optar por uma visita livre, com áudio-guia, também é interessante e não esgota tão depressa. Não percam, pois esta exposição só vai estar em Portugal até dia 25 de Janeiro de 2015.
E agora vou-me, se quiserem saber sobre a peça de teatro que fui ver, sigam-me no próximo post.
