Esta semana fui ao teatro ver “O
Principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry, em cena no Teatro Politeama. Como o livro que
serve de base à peça, é um dos meus livros preferidos, não resisti, e fui ver.
Apesar de ser dirigida ao público
infanto-juvenil, a peça pode ser vista com agrado pelos mais velhos, tanto
pelos pais que acompanham os filhos, como por outros adultos, que como eu, queiram
rever esta magnifica obra, ou pretendam sentir nesta época "quase natalícia" o apelo dos mais belos valores humanos.
Apesar de juntar, texto, música e
representação com as mais sofisticadas tecnologias de vídeo, luz e som, na minha opinião esta
peça foge ao tipo de espetáculo, elaborado e cheio de cenários que estamos habitados a ver
“no universo” Lá Féria, e de que eu gosto tanto.
É todavia excelente - como a obra que lhe serve de base - quando nos mostra o pequeno príncipe "caído" na terra,
de cabelos louros e olhos azuis, o seu encontro com um aviador a
quem conta às suas aventuras, as sua viagens por vários planetas, povoados de
pessoas na sua opinião “estranhas”, como o banqueiro, o rei, o bêbado....A magnífica índole do
principezinho que não se adapta a esses mundos, às pessoas que os habitam, às suas mentalidades
pequenas, centradas nos seus problemas, e nas maldades do mundo. E que cansado da
aventura vivida e saudoso da sua rosa predileta, resolve por fim volta ao seu
próprio planeta.
Não posso deixar de salientar o desempenho do pequeno ator Afonso D' Almeida,
que dá corpo ao principezinho - um dos vários que fazem parte da peça - uma criança realmente adorável, que cativou o público com a sua magnifica voz e incansável desempenho. Espero que não se perca pelo caminho, dará um bom ator.
Finalizo referindo o ambiente geral do teatro, um colírio para os olhos e para os sentimentos dos espetadores - repleto de todos aqueles
rostos infantis, ingénuos e suaves, uns pequenos príncipes, felizes por estarem
na companhia dos que mais amam, os pais, a ver um espetáculo cheio de colorido
e de música. Só a magia desse
ambiente é suficiente para que qualquer pessoa que vá ver a peça saía do teatro com uma
sensação de leveza e boa disposição.
Aproveitem!
Aproveitem!