Dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho

Consagrado por tradição à abertura nas adegas do vinho novo, o dia de São Martinho, num país com tradição vincula como o nosso reveste-se de um simbolismo particularmente pagão que tem a sua réplica nas festividades cristãs em louvor de São Martinho.

Conta a lenda que São Martinho, valente soldado romano, seguia durante uma tempestade montado no seu cavalo, quando viu um mendigo tremendo de frio. Com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, e deu-lhe metade, mais à frente apareceu outro mendigo e ele deu-lhe a restante metade da capa e segui caminho mal agasalhado, mas feliz, sob chuva intensa. Subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpo e o sol inundou a terra de luz e calor. 

 

Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo santo, todos os anos, nessa mesma época, alivia por alguns dias o tempo frio e o céu escuro e envia-nos um tempo radioso. Dai o nome de verão de S. Martinho aos dias de bom que surgem todos os anos por estes dias.

 

Quanto à origem do magusto, esta não é muito clara, mas há quem acredite que é o vestígio dum antigo sacrifício em honra dos mortos. Esqueçam todavia esta última parte e divirtam-se ao redor de uma fogueira, a comer umas castanhas assadas  e a beber um copo de vinho, que se não for novo também não interessa.

Empanturrem-se