Olá doces,
Fui ver uma exposição sobre Josefa de Óbidos ao Museu Nacional de Arte Antiga e adorei. Só a titulo de informação posso dizer, para quem não conhece, que Josefa Ayala Figueira, mais conhecida por Josefa de Óbidos, filha de mãe espanhola e pai português foi uma das umas das percursoras senão a percursora do barroco em Portugal. Barroco que se caracteriza pela sobreposição de formas (dinâmicas e sinuosas) e pelo grande contraste claro-escuro em quadros que representam momentos da vida quotidiana.
Fui ver uma exposição sobre Josefa de Óbidos ao Museu Nacional de Arte Antiga e adorei. Só a titulo de informação posso dizer, para quem não conhece, que Josefa Ayala Figueira, mais conhecida por Josefa de Óbidos, filha de mãe espanhola e pai português foi uma das umas das percursoras senão a percursora do barroco em Portugal. Barroco que se caracteriza pela sobreposição de formas (dinâmicas e sinuosas) e pelo grande contraste claro-escuro em quadros que representam momentos da vida quotidiana.
Josefa foi considerada durante muitos anos - por não ter uma formação académica em pintura e ter sempre vivido na vila de Óbidos - uma pintora menor que "pintava meninos de rostos abonecados", com olhos enormes e bocas pequenas, que representava um misticismo terno. Hoje é nestas pequenas diferenças, que sempre lhe criticaram que se ve a sua originalidade, e se consegue distinguir o barroco português, nacional, do europeu e espanhol.
Mas não foi para despejar este relambório todo sobre pintura barroca que fiz este post ou fui ver a exposição, até porque não sou grande apreciadora ou conhecedora deste tipo de pintura, demasiado escura e repleta de cenas da vida quotidiana para meu gosto. O que me motivou a fazer esta visita foi tentar conhecer e perceber um pouco da mulher por detrás da obra. A mulher que em pleno seculo XVII se tornou emancipada, sustentou a família e se tornou numa pintora consagrada e profissionalizada, num mundo dominado por homens.
Com apenas 16 anos ela começa a trabalhar na “oficina” do pai - o pintor Baltazar Gomes Figueira– e apesar de não ter aprendido com os grandes mestres da época, foi progredindo até começar a pintar painéis religiosos e naturezas mortas, e posteriormente passar a pintar quadros de figuras importantes como os retratos da rainha D. Maria Francisca Isabel de Saboia, mulher de D. Pedro II, e de sua filha, a princesa D. Isabel, que foi noiva de Vítor Amadeu, duque de Saboia.
Foi uma mulher muito avançada para a época, conseguiu quebrar os cânones de uma sociedade machista, estabeleceu-se profissionalmente como pintora com capacidades criativas, um apurado sentido estético e um forte domínio técnico. Hoje em dia, tudo isto pode parecer de só menos importância, mas há uns séculos atrás quando a mulher era apenas um bibelô esta irreverente vanguarda de Josefa de Óbidos era rara.
Foi uma mulher muito avançada para a época, conseguiu quebrar os cânones de uma sociedade machista, estabeleceu-se profissionalmente como pintora com capacidades criativas, um apurado sentido estético e um forte domínio técnico. Hoje em dia, tudo isto pode parecer de só menos importância, mas há uns séculos atrás quando a mulher era apenas um bibelô esta irreverente vanguarda de Josefa de Óbidos era rara.
A exposição está no Museu Nacional de Arte Antiga até ao inicio de Setembro e tem visitas guiadas, as quais aconselho pois só assim se fica com uma ideia mais abrangente da vida e obra da pintora. Vão ver que vale a pena, dá tempo para irem de férias e dar uma passada no museu, por sinal um dos mais interessantes do país.
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Beijinhos
Fiquei curiosa em ralação à exposição! Gostava de ver... talvez um dia venha para o Porto!
ResponderEliminarBjxxx